quinta-feira, agosto 04, 2011

102º Aniversário de Roberto Burle Marx

Mais uma vez, o Google homenageia uma celebridade. Desta vez, o artista, Roberto Burle Marx, foi lembrado.


A participação de Marx na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, onde tomou parte nas equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.


Ele era o quarto filho de Cecília Burle (de origem pernambucana e francesa) e de Wilhelm Marx, judeu alemão, nascido em Stuttgart e criado em Trier. A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas. O pai, homem culto, amante da música erudita e da literatura européia, era preocupado com a educação dos filhos, aos quais ensinou alemão, embora se dedicasse aos negócios, como comerciante de couros, num curtume que mantinha em São Paulo.

Quando os negócios começam a ir mal, mudaram-se para o Rio de Janeiro em 1913. A família viveu um tempo em casa de familiares e quando a nova empresa de exportação e importação de couros de Wilhelm Marx começava a ter resultados positivos, finalmente se mudaram para um casarão no Leme, Burle Marx, então com 8 anos, começou a própria coleção de plantas e a cultivar mudas.


Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família se mudou para Alemanha em busca de tratamento. Permaneceram na Alemanha de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá conheceu um Jardim Botânico, com uma estufa de vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado.

As diversas exposições que visitou e, dentre as mais importantes a de Picasso, Matisse, Paul Klee e Van Gogh, causaram nele grande impressão, levando-o à estudar pintura. Durante a estada na Alemanha, Burle Marx estudou pintura no ateliê de Degner Klemn. De volta ao Rio de Janeiro, em 1930, Lucio Costa, que era amigo e vizinho dele do Leme, o incentivou a ingressar na Escola Nacional de Belas Artes, atual Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Marx conviveu na universidade com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasileira: Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa, Milton Roberto, entre outros.

Durante os anos 1930 foi diretor do Departamento de Parques e Jardins de Pernambuco, onde ainda lidava com um trabalho de inspiração levemente eclética. Nesse cargo, fez uso intenso da vegetação nativa nacional e começou a ganhar certo renome, sendo convidado a projetar os jardins do Edifício Gustavo Capanema (então Ministério da Educação e da Saúde.


A participação de Marx na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, onde tomou parte das equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.

A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas baixas de projetos dele lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.

Roberto Burle Marx foi um dos maiores paisagistas do nosso século, distinguido e premiado internacionalmente. Artista de múltiplas artes, foi também, desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de jóias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a obra dele.

Em 1949, com a compra de um sítio de 365.000 m2, em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985 doou esse Sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

Em 1955 fundou a empresa BURLE MARX & CIA LTDA., pela qual passou a elaborar projetos de paisagismo, fazer a execução e manutenção de jardins residenciais e públicos, com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono.

http://chutzpah.typepad.com/slow_movement/2009/01/iht-landscapes-designed-with-the-vision-of-an-artist.html

Fonte: NDVale

Que vergonha de ser hétero

Texto de Leonardo Sakamoto (Uol)

Escrevi um longo texto argumentando porque considerava uma provocação ridícula e descabida a aprovação pela Câmara Municipal de São Paulo do projeto de lei 294/2005, que institui o Dia do Orgulho Heterossexual. A proposta do vereador Carlos Apolinário (DEM), que depende agora da sanção do prefeito Gilberto Kassab, é claramente uma reação à crescente importância da Parada Gay e seus milhões, mas também ao debate sobre a garantia dos direitos fundamentais dos homossexuais – cada vez mais público, não graças a Deus. A data seria no terceiro domingo de dezembro, perto do Natal.

No texto que havia escrito para hoje, tratei do perigo representado por uma maioria (com direitos assegurados) que começa a se manifestar de forma organizada diante da luta de uma minoria por seus direitos, reivindicando dessa forma a manutenção do espaço que já é seu – conquistado por violência, a ferro, a fogo e na base da Inquisição. Mesmo que a conquista de direitos pela minoria não signifique redução de direitos da maioria mas, apenas, necessidade de mais tolerância por parte desta. Lembrando que “maioria” e “minoria” não são uma questão numérica, mas sim de quanto um grupo consegue efetivar sua cidadania.

Mas, aí, desencanei e joguei o texto fora quando li que, de acordo com o projeto, a data servirá para “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.

Diante disso, só há algo a dizer: que vergonha de ser hétero.

Disponível em: http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/08/03/que-vergonha-de-ser-hetero/comment-page-1/

Resposta para uma internauta

Estimada Maria Edwirges, respondendo a sua pergunta de como eu posso curtir ocultismo e espiritismo ao mesmo tempo. Bem, não sou praticante de nenhum dos dois, mas sei separar o que há de melhor em cada um e que sirva para o meu crescimento.

Ocultismo (ou ciência oculta) é um conjunto de teorias e práticas cujo objetivo seria desvendar os segredos da natureza e do Homem, procurando descobrir seu aspecto espiritual e superior. Ele trata do que está além da esfera do conhecimento empírico, o que é secreto ou escondido. O ocultismo está relacionado aos fenômenos supostamente sobrenaturais. Ocultismo é um conjunto vasto, um corpo de doutrinas supostamente proveniente de uma tradição primordial que se encontraria na origem de todas as religiões e de todas as filosofias, mesmo as que, aparentemente, dele parecem afastar-se ou contradizê-lo. O Homem aqui retratado seria um supostamente completo e arquetípico, composto não apenas de corpo, mas também de emoção, razão e alma (como divide a cabala).Segundo algumas tradições ocultistas as religiões do mundo teriam sido inspiradas por uma única fonte sobre-natural. Portanto, ao estudar essa fonte chegaria-se a religião original.

Já o Espiritismo, doutrina de Kardec, nem precisa de definição. Basta assistir "Chico Xavier" ou "Nosso Lar". Está tudo lá, até nas entrelinhas.

Você perguntou se eu acredito em Deus. Parece que houve um equívoco. Não me lembro de ter postado que sou ateu ou algo do gênero. E sim, sou grande conhecedor da Bíblia, mas não sou sofro de fanatismo religioso. Como bem dizia Shakespeare, "há mais coisas entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia pode crer".

Sou amante do conhecimento e não escolho o livro de onde ele vem. Conhecimento é conhecimento e pronto. Evite o preconceito, pois ele emburrece o ser humano.

Gosto de aprender, porque só tenho certeza de uma coisa, segundo Sócrates: "Só sei que nada sei". Mas como Descartes: "Se penso logo, existo".

Por isso, continuo estudando e pesquisando. Sei bem que não existe verdade absoluta, porque cada um a interpreta de acordo com os próprios interesses.

Melhor seguir o preceito de Jesus: "Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra".


Namâste