terça-feira, setembro 20, 2011

A falta da Essência Feminina

Ontem, enquanto assistia a um programa de tv, fiquei incomodado com a apresentação que o repórter fez de uma poetisa. Ele anunciou a grande poetisa Cora Coralina, como "poeta". O fato, fez com eu me lembrasse de já ter ouvido o comentário de que as grandes poetisas, como Cecília Meirelles, preferem ser chamadas de poetas. Para mim, fica a grande questão, a mulher ainda é, por muitos homens, tratadas como "incapazes" e quando demonstram superioridade em algo preferem denominações masculinas? Não entendo.

Como faz falta para o equilíbrio da vida a essência feminina. É pena, ver que as mulheres a cada dia ficam mais masculinizadas. Já vivemos sob o julgo masculino, vejam as guerras que nunca findam. Precisamos do olhar afetuoso que o espírito materno tem. Mas enquanto as mulheres insistirem em demonstrar que são melhores que os homens nas atividades masculinas, não teremos mudanças.

Tenho uma colega que fez uma observação muito interessante. Eu tinha acabado de ver no noticiário que as mulheres estavam dominando a construção civil. O repórter chegou a entrevistar uma mulher que faz trabalho de pedreiro e outra que é a mestra-de-obras. Eu discuti com minha colega sobre o avanço das mulheres nesses setores. Ela respondeu que as mulheres são tolas mesmo. "Será que não percebem que fazendo o trabalho pesado dos homens, eles ficam mais tempo à toa?"

Eu não tinha pensado dessa maneira. Mas ela tem razão. Será que as mulheres estão mesmo conquistando novas áreas ou estão, simplesmente, fazendo os trabalhos que os homens dispensam? Muitas mulheres fazem o serviço pesado, porém ganham o mesmo? A mulheres, ainda continuam tendo de se esforçar muito mais para conseguirem colocações melhores no mercado. Para elas, ainda é mais difícil se igualar aos homens no quesito salário. E não tem haver com inteligência.

Mesmo na área de TI, há uma divisão de trabalhos. Na minha pós-graduação tive acesso ao texto "Fansites ou o consumo da experiência na mídia contemporânea" de Laura Graziela Gomes. A autora chama a atenção quando faz o seguinte comentário:

"É importante ressaltar que existe uma divisão de trabalho (sexual) na Internet e os fansites explicitam isso. De um modo geral, as mulheres são mais numerosas e estão mais à frente na parte do relacionamento propriamente dito, muitas delas são moderadoras de listas e fóruns de discussão, além de estarem entre os membros que mais postam liderando a discussão nos fóruns em torno das séries e suas personagens, enquanto os homens ficam mais na retaguarda oferecendo o suporte tecnológico necessário ou discutindo as questões operacionais do site. De todo o modo, a maior parte dos fansites pertence ou possui homens como webmasters."

As informações acima demonstram que os homens são responsáveis pela parte mais complexa do processo, cabendo às mulheres funções menores. Parece que isso é regra em vários setores do mercado. Homens e mulheres não trabalham de igual para igual.

Vejo que algumas mulheres exercem cargo de chefia, mas não utilizam seu poder feminino para resolverem os problemas. Elas buscam posturas masculinas para se sobressairem. A nossa presidente é bom exemplo. Numa revista norte-americana ela foi chamada de "Dilma Dinamite". O periódico ainda fez a seguinte chamada "Não mexa com ela".

E o mundo continua no caos. A maioria das pessoas esquecem de quem são e de como são importantes para o bom equilíbrio do mundo. Esquecem que são únicas e especiais. O planeta precisa tanto de homens quanto de mulheres. Porém, se as mulheres precisarem agir como homens para elevar a autoestima, o que ganharemos com isso?

Mulheres, exerçam o seu lugar de direito, usando sua essência feminina. Já temos essência masculina demais.

Vamos optar pelo equilíbrio?

Zara: o dia em que uma multinacional pediu desculpas

Um mês após a divulgação do flagrante de mão de obra escrava na fabricação de peças de roupa da marca Zara, executivos da espanhola Inditex, dono da Zara, foram ao Congresso pedir desculpas públicas pelo ocorrido. “Gostaríamos de pedir desculpas por não termos tido conhecimento desta situação antecipadamente, de modo a evitá-la”, disse Jesus Echevarria, diretor global de comunicação da Inditex, em reunião da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM) realizada nesta semana.

Leia o texto na íntegra acessando: http://blogdosakamoto.uol.com.br/