quinta-feira, outubro 06, 2011

A maçã: de Branca de Neve à Steve Jobs


Que Steve Jobs fez grandes mudanças no mundo, graças aos seus inventos, não é surpresa. O que causou-me espanto foi saber que ele passou anos brigando com os Beatles pelos direitos do nome "Apple". Apple era o nome da gravadora da banda e os advogados, por causa disso, proibiram qualquer música da banda de ser vendida no iTunes.

Para entender o porquê da obssessão de Steve Jobs pelo nome Apple, surgiu a teoria de que ele queria homenagear Alan Turing. Entretanto, ontem, num dos programas televisivos dedicados a Jobs, afirmaram que "Apple" é referência ao fruto da Árvore do Conhecimento, citado em Genesis, na bíblia.

A "apple" (do inglês: maçã) também fez parte da vida de Alan Turing. Quando a homossexualidade era crime na Grã-Bretanha, havia punições severas. Em 1952, a orientação sexual de Turing foi descoberta e ele foi ameaçado de ir para a cadeia. Desesperado, ele preferiu a castração química que o governo propunha, naquela época. Turing tomou estrogênio, o hormônio feminino, para dimimuir a libido. Ele sofreu, com isso, efeito colateral desagradável, os peitos aumentaram e tomaram a forma de seios. A humilhação foi tanta que, ele suicidou-se , dois anos depois, consumindo uma maçã envenenada.


Alan Turing foi grande matemático e herói da Segunda Guerra Mundial. Ele inventou máquinas capazes de decifrar os códigos secretos alemães. Há alguns anos ele é reconhecido como um dos pais da informática. Agora também é mártir oficial da causa gay.

Há pouco tempo, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, pressionado por um abaixo-assinado, emitiu um pedido de desculpas ao grande Alan Turing.

E eu que pensava que a maçã só tinha feito história com a Branca de Neve.

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