quarta-feira, agosto 31, 2011

Uma imagem vale mais que mil palavras


Eu não consegui descobrir o autor da imagem. Se alguém souber, me avise. Quero dar crédito ao excelente artista que nos presenteou com essa imagem da vovô na era digital.

terça-feira, agosto 30, 2011

Homens de hoje são menos "machos" que seus pais e avôs

Um estudo realizado com 1.500 homens entre 1987 e 2004 constatou que os homens de hoje em dia têm menos testosterona do que seus pais e seus avôs. A notícia foi divulgada no jornal Agora S.Paulo nesta terça-feira (30).

Segundo a pesquisa, houve um decréscimo de 22% nos níveis do hormônio masculino em duas décadas, devido ao estilo de vida e fatores como estresse e tabagismo. O jornal não divulgou qual universidade foi responsável pelo estudo.

Fonte: www.terra.com.br

Aceita o Universo

Aceita o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quisessem dar outro
Ter-to-iam dado.

Se há outras matérias e outros mundos —
Haja.

(Alberto Caeiro)

Disponível em: http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/index.php?id=4289

Pensamento

"Nunca pude conceber como um ser racional poderia perseguir a felicidade exercendo o poder sobre outros."

(1743-1826). Autor da Declaração da Independência e terceiro presidente dos Estados Unidos, fundador da Universidade de Virgínia, Thomas Jefferson é uma figura de importância histórica mundial.

Original disponível em camposeternos.blogspot.com

quarta-feira, agosto 24, 2011

112º Aniversário Jorge Luís Borges

Desta vez, o Google homenageia o escritor argentino, Jorge Luís Borges.


Jorge Luís Borges nasceu em 1899 na cidade de Buenos Aires, capital da Argentina e faleceu em Genebra, no ano de 1986. É considerado o maior poeta argentino de todos os tempos e é, sem dúvida, um dos mais importantes escritores da literatura mundial.

Disponível em: http://www.releituras.com/jlborges_menu.asp


É do mesmo site o texto abaixo.

Uma oração

Minha boca pronunciou e pronunciará, milhares de vezes e nos dois idiomas que me são íntimos, o pai-nosso, mas só em parte o entendo. Hoje de manhã, dia primeiro de julho de 1969, quero tentar uma oração que seja pessoal, não herdada. Sei que se trata de uma tarefa que exige uma sinceridade mais que humana. É evidente, em primeiro lugar, que me está vedado pedir. Pedir que não anoiteçam meus olhos seria loucura; sei de milhares de pessoas que vêem e que não são particularmente felizes, justas ou sábias. O processo do tempo é uma trama de efeitos e causas, de sorte que pedir qualquer mercê, por ínfima que seja, é pedir que se rompa um elo dessa trama de ferro, é pedir que já se tenha rompido. Ninguém merece tal milagre. Não posso suplicar que meus erros me sejam perdoados; o perdão é um ato alheio e só eu posso salvar-me. O perdão purifica o ofendido, não o ofensor, a quem quase não afeta. A liberdade de meu arbítrio é talvez ilusória, mas posso dar ou sonhar que dou. Posso dar a coragem, que não tenho; posso dar a esperança, que não está em mim; posso ensinar a vontade de aprender o que pouco sei ou entrevejo. Quero ser lembrado menos como poeta que como amigo; que alguém repita uma cadência de Dunbar ou de Frost ou do homem que viu à meia-noite a árvore que sangra, a Cruz, e pense que pela primeira vez a ouviu de meus lábios. O restante não me importa; espero que o esquecimento não demore. Desconhecemos os desígnios do universo, mas sabemos que raciocinar com lucidez e agir com justiça é ajudar esses desígnios, que não nos serão revelados.

Quero morrer completamente; quero morrer com este companheiro, meu corpo.


É possível saber mais sobre Jorge Luís Borges no endereço: http://educacao.uol.com.br/biografias/jorge-luis-borges.jhtm

segunda-feira, agosto 22, 2011

As crianças estão mais estúpidas do que nunca

Um novo estudo mostra que a atual ênfase colocada na memorização e em fazer provas está deixando as crianças menos criativas e mais estúpidas do que nunca.

Os pesquisadores analisaram vários “testes de criatividade” para identificar tendências. Um estudo de 2010 com cerca de 300.000 testes de criatividade que remonta à década de 1970, feito por Kyung Hee Kim, descobriu que a criatividade diminuiu entre as crianças americanas nos últimos anos.

Segundo Kim, a partir de 1990, as crianças tornaram-se menos capazes de produzir ideias originais e inusitadas. Elas também ficaram menos humorísticas, menos imaginativas e menos capazes de elaborar melhor as ideias.

Em resumo, os miúdos são agora menos capazes de exibir padrões de pensamento divergentes (criar ideias novas e originais) e no jogo imaginativo. Mas, por mais tentador que seja, não podemos culpar os pais ou os próprios filhos; os culpados são outros preferidos nossos: os políticos.

Por exemplo, Kim mencionou o programa americano “Nenhuma criança deixada pra trás” (tradução livre, No Child Left Behind), um ato que o Congresso dos EUA aprovou em 2001 e que obriga as escolas a administrar anualmente testes padronizados, como forma de avaliar se estão cumprindo as normas de educação do estado.

Isso pode ser parcialmente responsável pela queda da criatividade. “Se nos focarmos apenas em teste, teste, teste, como a criatividade pode sobreviver?”, disse Kim.

Testes padronizados forçam as crianças a pensar na aprendizagem como uma missão: de dar a resposta que o professor procura, e não de criar respostas alternativas, imaginativas, ou explorar outras maneiras de resolver um problema.

Como os professores também estão sob pressão para produzir testes que passem os estudantes, a criatividade fica marginalizada.

Outros culpados podem ser o aumento do período que as crianças passam assistindo TV, uma atividade passiva que não requer interações com os outros.

A falta de criatividade em estudantes também afeta o estilo de aprendizagem nas universidades. Os professores comentam que os estudantes se sentem prejudicados se você fizer-lhes uma pergunta que não é baseada em fatos ou na leitura. Outros têm observado que muitos alunos fazem careta de medo quando se pede que eles combinem ideias de várias fontes, para extrapolar conclusões.

E como podemos combater essa situação? Cultivando a criatividade. Segundo os cientistas, devemos incentivar as crianças a serem estranhas. Explorar respostas pouco ortodoxas, que podem levar a mais conhecimento. E, principalmente, desligar a TV e acompanhar – e lutar pelas – políticas educacionais do país.

Original em inglês disponível em: http://jezebel.com/5830670/modern-society-making-kids-uncreative-and-stuff

sexta-feira, agosto 19, 2011

A violência na Inglaterra

Os ingleses ainda estão atônitos com os acontecimentos de violência e vandalismo dos últimos dias, mas fingem não perceber o grito dos excluídos pedindo respeito.

O vídeo abaixo mostra muito bem a distorção dos fatos que a mídia tenta enfiar goela abaixo da população inglesa. Créditos ao entrevistado que não cede aos comentários da repórter.

quarta-feira, agosto 17, 2011

Século XIX - E parece que foi ontem

1808
Impresso em Londres, por Hipólito da Costa, o Correio Braziliense é o primeiro jornal em língua portuguesa a circular no Brasil.

Instala-se na Bahia o ensino médico.

É fundado o Banco do Brasil.

Tem início a Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Tem início a organização da limpeza das ruas

1809
D. Carlota Joaquina prefere morar numa chácara, em Botafogo, cujo dono era o filho de Chica da Silva e do contratador português João Fernandes, João Fernandes Filho.

1822
D. Pedro proclama a Independência do Brasil, tornado-se o primeiro Imperador do Brasil com o título de D. Pedro I.

1823
O Decreto de 1º de março criava no Rio de Janeiro uma escola baseada no método lancasteriano ou de ensino mútuo. Ou seja, somente um professor para cada escola.

1824
A primeira Constituição brasileira, outorgada pela Assembléia Constituinte, dizia, no seu artigo 179, que a instrução primária era gratuita a todos os cidadãos.

A Rua Direita é a primeira a ser numerada e ter organizada a mão e contramão.

1826
É instalada a Academia Imperial das Belas-Artes, com o nome Escola de Artes.

1827
Começa a circular o Jornal do Commercio.

É criado o Observatório Astronômico, o primeiro na América do Sul.

É criado o Real Gabinete Português de Leitura, no Rocio, atual Largo de São Francisco.

São criados os cursos de Direito de São Paulo e Olinda

1827
Uma Lei Geral, de 15 de outubro, dispõe sobre as escolas de primeiras letras, fixando-lhes o currículo, a implantação do Ensino Mútuo e institui o ensino primário para o sexo feminino.

1828
Os jornais publicam diversos anúncios sobre compra e venda, aluguéis e fugas de escravos. Entre esses, o Jornal do Commércio, um ano após sua fundação, no dia 24 de abril, já publicava: "Vende-se huma preta da nação Mina, de todo o serviço dentro de e fora de huma casa; quem pretender comprar dirija-se ao Rocio da Cidade Nova, casa n. 23 para tratar do seu ajuste".

1830
Uma Resolução do Senado declara livres os índios selvagens prisioneiros de guerra escravizados.

1831
Uma Lei declara livres todos os escravos que entrassem no Brasil após esta data.

1832
A nau Beagle atraca no porto do Rio de Janeiro, em 5 de abril, trazendo à bordo Charles Darwin.

1833
O Jornal do Commércio publica, em 12 de fevereiro: "Vende-se na prisão do Calabouço, hum moleque de 14 anos, oficial alfaiate, bonita figura, não tem moléstias, nem vícios, e só vende-se por não querer servir a seu Sr.".

1834
É proclamado o primeiro Código de Posturas Urbanas.

1836
É criado o serviço dos Guardas Urbanos.

1837
Inicia-se o sistema de transportes, ligando o Centro a São Cristóvão, Engenho Velho e Botafogo. Os omnibus, expressão francesa, eram puxados a muares.

1843
O Diário do Rio de Janeiro publica, em 13 de abril: "Vende-se uma linda e elegante mucama de 18 a 20 anos, é boa costureira, perita engomadeira, cozinha de forno, é boa doceira, apronta e serve a um chá com delicadeza, penteia e veste uma senhora: motivo da venda se dirá: na rua do Regente, n. 53".

1844
A barca Especuladora, que fazia travessia Rio-Niterói explode, vitimando várias pessoas.

1848
O comerciante Carlos Le Blond compra uma chácara no bairro que terá seu nome: Leblon.

O português José Paredes sai pela primeira vez às ruas tocando um bumbo, criando o personagem Zé Pereira.

1849
Gonçalves Dias, encarregado de estudar as condições do ensino nas Províncias do Norte dizia que "os nossos liceus são escolas preparatórias da academia e escolas más".

1850
A Lei Eusébio de Queiroz acaba com o tráfico de escravos.

1851
Apresenta-se na cidade a dançarina Marietta Baderna. Seus admiradores promoveram grandes algazarras nas ruas, dando origem ao nome baderna para se referir a bagunça.

1854
O Decreto 1331A, de 17 de fevereiro, reforma os ensinos primário e secundário, exigindo professores credenciados e a volta da fiscalização oficial; cria a Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária.

1856
É criado o Instituto de Surdos-Mudos, na Rua Municipal, esquina da Rua Beneditino.

1857
José de Alencar lança a sua peça O demônio familiar, onde trata de um escravo de estimação que, por meio de intrigas, promove a discórdia.

No Rio Grande do Sul, no Colégio de Artes Mecânicas, a lei mandava recusar matrículas às crianças de cor preta e aos escravos e pretos, "ainda que libertos e livres".

1871
A Lei do Ventre Livre liberta os filhos de escravos.

1879
O Senador Oliveira Junqueira dizia: "certas matérias, talvez, não sejam convenientes para o pobre; o menino pobre deve ter noções muito simples".

1885
A Lei Saraiva-Cotegipe ou a Lei dos Sexagenários torna livres os escravos com mais de 60 anos.

1888
A Lei Áurea abole a escravidão no Brasil.

1897
O Morro da Providência passa a ser conhecido como Morro da Favela, já que começou a ser habitado pelos militares de baixa hierarquia retornados da Guerra de Canudos. Favela era uma planta típica da região de Canudos e, daí, surge o nome favela para denominar as habitações pobres localizada nos morros.

Disponível em:
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/hrsxix.htm

A Morgadinha de Botafogo

Recebi o texto abaixo de um amigo. Ele desconhece a fonte. Mas o conteúdo é tão interessante que resolvi postar aqui no meu espaço. Caso alguém conhece o autor, avise. Terei o prazer de dar os créditos à ele ou à ela.

O preconceito é mais antigo do que parece. Os judeus, os índios, os negros, as mulheres e agora os gays. Quem mais terá que esperar pelos seus direitos de seres humanos livres serem respeitados?

Eis o texto:

Enquanto isso, no século XIX

A direção da “Gazeta do Commercio” pediu ao escritor Antonio Manuel de Britto que esfriasse uma das tramas d’“A Morgadinha de Botafogo”, folhetim de sua autoria que vem sendo publicado em capítulos por aquele jornal fluminense. A história de Pancrácia, escrava que recebe carta de alforria de sua proprietária, Don’Anna de Alencar, vem recebendo protestos veementes de alguns leitores. “A Bíblia está repleta de senhores de escravos”, afirma o tenente Josias Macedo Maciel, de Niterói, “o que prova que a escravidão foi criada por Deus Nosso Senhor. Se uma escrava ganha a liberdade, ainda que na ficção, como é que eu vou ensinar aos meus filhos a maneira correta de açoitar os escravos que temos em casa?” Boanerges de Vasconcellos, cafeicultor em Vassouras, acrescenta: “Agora a moda é ser abolicionista. Querem impor a ditadura negra, onde todos terão que ser negros, dançar lundu e comer feijoada. Sinto-me tolhido em meu direito à livre expressão. Não posso mais dizer que essa negrada merece o pelourinho. Ora esta, sou escravocrata, mas não sou preconceituoso”. Ele também negou que sua pregação anti-abolição tenha contribuído para o crescente número de africanos encontrados mortos nos becos e vielas da Corte.

A partir da próxima semana, a personagem Pancrácia terá sua importância diminuída no folhetim. Não aparecerá mais vendendo doces na Rua do Ouvidor, nem embolsando o modesto lucro resultante dessa venda. A “Gazeta do Commercio” quer apaziguar a Liga Conservadora do Brazil, que defende que as pessoas de cor têm um futuro muito mais garantido nas senzalas, onde não precisam se preocupar com o próprio sustento, do que se precisarem trabalhar por conta própria. “Negros libertos são assassinos, ladrões, facínoras, meliantes e canibais”, justifica o Barão de Coary. “Mostrá-los levando vida de branco é um crime contra a natureza e as leis divinas”. O barão também está organizando um movimento de resistência à Princesa Isabel, que, dizem à boca pequena, estaria cogitando a ideia de eliminar a escravatura com uma única canetada. “Este seria um ato ditatorial, contrário às nossas tradições cristãs e à vontade do povo. Mais justo seria se a questão fosse levada a plebiscito. Que consultem aqueles que têm direito a voto – todo os cem mil.”

segunda-feira, agosto 15, 2011

Aceitação é difícil. Ou seria fácil?

A mente costuma distorcer e nos fazer acreditar que agir da forma mais fácil que há é a mais difícil. Quando estamos passando por alguma situação que vemos como negativa, a reação mais difícil é a não-aceitação e a mais fácil é a aceitação. Mas não seria o contrário? Não. É que quando não aceitamos a situação, criamos uma resistência interior desconfortável que nos faz sofrer.

A não-aceitação é um brigar com uma realidade que já é. Nada pode ser mais difícil ou insano do que isso. Os momentos que se sucedem são do jeito que são. Muitos deles não tomam a forma que nós desejamos. Quando isso ocorre, surge um sofrimento interior ao qual chamamos de não-aceitação. As pessoas agem da maneira que agem, têm seu próprio comportamento e modo de pensar. E quando elas não agem conforme nós gostaríamos, surge também a não-aceitação.

Essa resistência não tem poder algum de mudar a situação exterior ou o comportamento de alguém. Mas, inconscientemente, é como se achássemos que nossas reclamações mentais e nosso desconforto interno fosse mudar algo.

A não-aceitação vem sendo praticada pela humanidade há milênios, por isso está bastante enraizada no inconsciente coletivo, moldando nossa forma de pensar, fazendo parecer que é algo natural. É comum agir dessa forma, mas não é saudável. Os níveis de aceitação variam de pessoa pra pessoa. Quanto mais uma determinada pessoa não aceita as coisas do jeito que são, mais ela sofre.

Precisamos, então, praticar a aceitação, de forma paciente e persistente, porque a nossa mente está viciada em resistir e causar sofrimento. Me pego muitas vezes por dia tendo pensamentos de não-aceitação que não mudam em nada a situação externa, mas que me trazem desconforto interior. Quando percebo, dou-me conta da insanidade que é esse tipo de pensamento e procuro abandoná-lo. Isso acontece desde pequenas coisas até eventos mais significativos.

Agora mesmo ao escrever esse texto, o cursor do computador às vezes muda sozinho de local e vai parar em outro local da página. Eu tenho que pegar o mouse, retornar para o ponto certo e corrigir o erro. Não sei porque meu computador faz isso sozinho. Automaticamente, surge uma irritação, que nada mais é do que uma resistência interior. Reclamações inconscientes do tipo "isso não deveria ter acontecido; droga, agora tenho que parar o texto e redigitar algumas coisas; não entendo porque isso acontece". No momento em que percebo, procuro simplesmente observar e soltar esse desconforto porque ele não muda em nada o que aconteceu nem o que eu tenho que fazer; causa-me apenas mal-estar.

O desconforto surge de forma automática pelo longo condicionamento mental que vem sendo passado de geração em geração. Mas isso não significa que não possa ser mudado. Com a prática, eu percebo que minha mente vem reclamando e resistindo menos. Cada vez mais rapidamente, consigo perceber e largar esses pensamentos de resistência. As vezes eu me deixo levar por eles mais do que poderia. O importante é continuar praticando sempre, e os progressos ocorrem certamente.

Quando alguém é antipático, grosseiro, ou age de uma forma contrária às nossas expectativas, o gatilho da não-aceitação é disparado em nós, gerando raiva, irritação e outros sentimentos. Outro dia, fui a uma padaria, dei um sonoro "boa tarde" mas a atendente do caixa não respondeu. Fez sua tarefa de forma automática a não me deu qualquer atenção. Estava com a cabeça em outro lugar. Rapidamente, surgem os pensamentos de irritação: "Nossa, que moça mal educada!". Percebi o que ocorreu, larguei o pensamento e fiquei em paz. Deixei a moça ser do jeito que ela é. Não briguei mais com o que aconteceu. Quando você aceita, é como se você se tornasse transparente e, assim, as ofensas e outras coisas que poderiam ser desagradáveis passam através de nós.

São exemplos simples, mas servem para qualquer tipo de situação. No meu caso, percebo que às vezes tenho mais facilidade em aceitar fatos considerados maiores dos que os pequenos. Certa vez, um motorista fez uma manobra maluca e acertou em cheio o meu carro, provocando um acidente que poderia ter sido grave. Muitos danos materiais, mas felizmente nenhum dano físico. O interessante é que quando isso ocorreu, saí do carro 100% em paz e fui até o carro do outro motorista para saber se ele estava bem. Fiz tudo que era possível ser feito, tomei as ações necessários, sem precisar da raiva, irritação, ou qualquer outro tipo de resistência interior.

Sempre que se fala sobre aceitação, algumas pessoas dizem que é ela a responsável pela falta de ação. Justificam que, quando você aceita algo, você fica passivo, não toma nenhuma atitude e permite, assim, que pessoas passem por cima dos seus direitos e dos direitos alheios. No entanto, a falta de ação é gerada por outros problemas emocionais que as pessoas têm ligados à auto-estima: sentimentos de não-merecimento, sentir-se inferior, ter dificuldade em dizer não, medo de não ser aceito, medo de ser julgado... Tudo isso pode e deve ser trabalhado com a *EFT (técnica para auto-limpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo).

Existe até uma cobrança social para que se reaja de forma emocional a determinados eventos. Já observei pessoas comentando "como fulano pode ficar assim tão tranqüilo diante dessa situação? Parece que não tem sangue correndo nas veias".

Certa vez, em um momento de tranqüilidade que tive em uma situação tipicamente estressante, uma pessoa que estava super irritada com a mesma situação me disse que ela até gostaria de ficar calma, mas que era muito difícil ficar como eu naquela hora. Nesse momento, o pensamento que me veio foi o contrário. Olhei para a outra pessoa e cheguei a conclusão que o difícil era reagir daquela forma, não aceitando e se estressando com a situação, simplesmente, por que causava um grande sofrimento e não resolvia nada. Só que em outros momentos, eu acabo caindo exatamente no mesmo mecanismo de resistência interior. Por isso é importante a prática. A aceitação é o fácil que a mente distorce e interpreta como sendo algo difícil.

A EFT nos ajuda de uma forma profunda a dissolver os sentimentos de não-aceitação, trazendo de volta a paz interior. Quando limpamos as emoções negativas que guardamos, ficamos naturalmente mais positivos e tranqüilos, e a aceitação torna-se algo bem mais automático. A resistência começa a ser vista como o comportamento difícil, e a aceitação passa cada vez mais a ser a o "normal".

por Andre Lima - andrelimareiki@gmail.com

quarta-feira, agosto 10, 2011

A Violência Está Dominando o Mundo

O que vemos nos últimos dias assusta. A crise assolando todos os continentes, e como se isso já não fosse o suficiente, pessoas inconsequentes destroem Londres. Que disparate! Se os ingleses já sofrem com a crise, imagina agora que precisarão reconstruir a cidade. Absurdos, a parte, por outro lado temos os chilenos saindo à rua para protestar por educação de qualidade. Isso sim, é luta de valor. A Educação é uma das ferramentas que podem mudar o mundo para melhor. Enquanto, que no Brasil, os professores lutam por melhores salários, numa Educação que pede ajuda.

É o povo fazendo valer a sua voz.

terça-feira, agosto 09, 2011

Direitos Iguais à Todos

E sobre toda essa boboseira contra os direitos igualitários, vem o texto do pastor protestante Martin Niemoller, relembrando a ação nazista, citado por Vítor Angelo, colunista da Folha.com:

Primeiro, eles vieram atrás dos comunistas.
E eu não protestei, porque não era comunista.
Depois, eles vieram pelos socialistas
e eu não disse nada, porque não era socialista.
Mais tarde, eles vieram atrás dos líderes sindicais.
E eu calei, porque não era líder sindical.
Então, foi a vez dos judeus.
E eu permaneci em silêncio porque não era judeu.
Finalmente, vieram me buscar.
E já não havia ninguém para protestar.

Na dúvida, jogue nas costas do trabalhador

Em momentos de crise, discute-se como reduzir os direitos trabalhistas para evitar diminuição de crescimento. Em momentos de pujança, discute-se como reduzir os direitos trabalhistas para crescer mais rápido e garantir competitividade em um mercado global.

Leia mais deste excelente texto, do meu ídolo Leonardo Sakamoto, acessando:
http://blogdosakamoto.uol.com.br

quinta-feira, agosto 04, 2011

102º Aniversário de Roberto Burle Marx

Mais uma vez, o Google homenageia uma celebridade. Desta vez, o artista, Roberto Burle Marx, foi lembrado.


A participação de Marx na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, onde tomou parte nas equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.


Ele era o quarto filho de Cecília Burle (de origem pernambucana e francesa) e de Wilhelm Marx, judeu alemão, nascido em Stuttgart e criado em Trier. A mãe, exímia pianista e cantora, despertou nos filhos o amor pela música e pelas plantas. O pai, homem culto, amante da música erudita e da literatura européia, era preocupado com a educação dos filhos, aos quais ensinou alemão, embora se dedicasse aos negócios, como comerciante de couros, num curtume que mantinha em São Paulo.

Quando os negócios começam a ir mal, mudaram-se para o Rio de Janeiro em 1913. A família viveu um tempo em casa de familiares e quando a nova empresa de exportação e importação de couros de Wilhelm Marx começava a ter resultados positivos, finalmente se mudaram para um casarão no Leme, Burle Marx, então com 8 anos, começou a própria coleção de plantas e a cultivar mudas.


Aos 19 anos, Burle Marx teve um problema nos olhos e a família se mudou para Alemanha em busca de tratamento. Permaneceram na Alemanha de 1928 a 1929, onde Burle Marx entrou em contato com as vanguardas artísticas. Lá conheceu um Jardim Botânico, com uma estufa de vegetação brasileira, pela qual ficou fascinado.

As diversas exposições que visitou e, dentre as mais importantes a de Picasso, Matisse, Paul Klee e Van Gogh, causaram nele grande impressão, levando-o à estudar pintura. Durante a estada na Alemanha, Burle Marx estudou pintura no ateliê de Degner Klemn. De volta ao Rio de Janeiro, em 1930, Lucio Costa, que era amigo e vizinho dele do Leme, o incentivou a ingressar na Escola Nacional de Belas Artes, atual Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Marx conviveu na universidade com aqueles que se tornariam reconhecidos na arquitetura moderna brasileira: Oscar Niemeyer, Hélio Uchôa, Milton Roberto, entre outros.

Durante os anos 1930 foi diretor do Departamento de Parques e Jardins de Pernambuco, onde ainda lidava com um trabalho de inspiração levemente eclética. Nesse cargo, fez uso intenso da vegetação nativa nacional e começou a ganhar certo renome, sendo convidado a projetar os jardins do Edifício Gustavo Capanema (então Ministério da Educação e da Saúde.


A participação de Marx na definição da Arquitetura Moderna Brasileira foi fundamental, onde tomou parte das equipes responsáveis por diversos projetos célebres. O terraço-jardim que projetou para o Edifício Gustavo Capanema é considerado um marco de ruptura no paisagismo brasileiro. Definido por vegetação nativa e formas sinuosas, o jardim (com espaços contemplativos e de estar) possuía uma configuração inédita no país e no mundo.

A partir daí, Burle Marx passou a trabalhar com uma linguagem bastante orgânica e evolutiva, identificando-a com vanguardas artísticas como a arte abstrata, o concretismo, o construtivismo, entre outras. As plantas baixas de projetos dele lembram em muitas vezes telas abstratas, nas quais os espaços criados privilegiam a formação de recantos e caminhos através dos elementos de vegetação nativa.

Roberto Burle Marx foi um dos maiores paisagistas do nosso século, distinguido e premiado internacionalmente. Artista de múltiplas artes, foi também, desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de jóias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a obra dele.

Em 1949, com a compra de um sítio de 365.000 m2, em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985 doou esse Sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN.

Em 1955 fundou a empresa BURLE MARX & CIA LTDA., pela qual passou a elaborar projetos de paisagismo, fazer a execução e manutenção de jardins residenciais e públicos, com a colaboração do arquiteto Haruyoshi Ono.

http://chutzpah.typepad.com/slow_movement/2009/01/iht-landscapes-designed-with-the-vision-of-an-artist.html

Fonte: NDVale

Que vergonha de ser hétero

Texto de Leonardo Sakamoto (Uol)

Escrevi um longo texto argumentando porque considerava uma provocação ridícula e descabida a aprovação pela Câmara Municipal de São Paulo do projeto de lei 294/2005, que institui o Dia do Orgulho Heterossexual. A proposta do vereador Carlos Apolinário (DEM), que depende agora da sanção do prefeito Gilberto Kassab, é claramente uma reação à crescente importância da Parada Gay e seus milhões, mas também ao debate sobre a garantia dos direitos fundamentais dos homossexuais – cada vez mais público, não graças a Deus. A data seria no terceiro domingo de dezembro, perto do Natal.

No texto que havia escrito para hoje, tratei do perigo representado por uma maioria (com direitos assegurados) que começa a se manifestar de forma organizada diante da luta de uma minoria por seus direitos, reivindicando dessa forma a manutenção do espaço que já é seu – conquistado por violência, a ferro, a fogo e na base da Inquisição. Mesmo que a conquista de direitos pela minoria não signifique redução de direitos da maioria mas, apenas, necessidade de mais tolerância por parte desta. Lembrando que “maioria” e “minoria” não são uma questão numérica, mas sim de quanto um grupo consegue efetivar sua cidadania.

Mas, aí, desencanei e joguei o texto fora quando li que, de acordo com o projeto, a data servirá para “conscientizar e estimular a população a resguardar a moral e os bons costumes”.

Diante disso, só há algo a dizer: que vergonha de ser hétero.

Disponível em: http://blogdosakamoto.uol.com.br/2011/08/03/que-vergonha-de-ser-hetero/comment-page-1/

Resposta para uma internauta

Estimada Maria Edwirges, respondendo a sua pergunta de como eu posso curtir ocultismo e espiritismo ao mesmo tempo. Bem, não sou praticante de nenhum dos dois, mas sei separar o que há de melhor em cada um e que sirva para o meu crescimento.

Ocultismo (ou ciência oculta) é um conjunto de teorias e práticas cujo objetivo seria desvendar os segredos da natureza e do Homem, procurando descobrir seu aspecto espiritual e superior. Ele trata do que está além da esfera do conhecimento empírico, o que é secreto ou escondido. O ocultismo está relacionado aos fenômenos supostamente sobrenaturais. Ocultismo é um conjunto vasto, um corpo de doutrinas supostamente proveniente de uma tradição primordial que se encontraria na origem de todas as religiões e de todas as filosofias, mesmo as que, aparentemente, dele parecem afastar-se ou contradizê-lo. O Homem aqui retratado seria um supostamente completo e arquetípico, composto não apenas de corpo, mas também de emoção, razão e alma (como divide a cabala).Segundo algumas tradições ocultistas as religiões do mundo teriam sido inspiradas por uma única fonte sobre-natural. Portanto, ao estudar essa fonte chegaria-se a religião original.

Já o Espiritismo, doutrina de Kardec, nem precisa de definição. Basta assistir "Chico Xavier" ou "Nosso Lar". Está tudo lá, até nas entrelinhas.

Você perguntou se eu acredito em Deus. Parece que houve um equívoco. Não me lembro de ter postado que sou ateu ou algo do gênero. E sim, sou grande conhecedor da Bíblia, mas não sou sofro de fanatismo religioso. Como bem dizia Shakespeare, "há mais coisas entre o céu e a terra do que nossa vã filosofia pode crer".

Sou amante do conhecimento e não escolho o livro de onde ele vem. Conhecimento é conhecimento e pronto. Evite o preconceito, pois ele emburrece o ser humano.

Gosto de aprender, porque só tenho certeza de uma coisa, segundo Sócrates: "Só sei que nada sei". Mas como Descartes: "Se penso logo, existo".

Por isso, continuo estudando e pesquisando. Sei bem que não existe verdade absoluta, porque cada um a interpreta de acordo com os próprios interesses.

Melhor seguir o preceito de Jesus: "Quem não tiver pecados que atire a primeira pedra".


Namâste

segunda-feira, agosto 01, 2011

JULGANDO O JUIZ

O meu amigo Tom R. compartilhou comigo um vídeo que eu gostei muito.

Palavras do Tom:

No vídeo abaixo, o Capetinha tem seu recurso pra entrar no céu negado por um sujeito presunçoso que se sente no direito de não apenas julgá-lo como também de maltratá-lo. Isso nos leva a pensar no quanto somos injustos em nossos julgamentos. Tão injustos que por vezes nos tornamos tão ou mais desprezíveis que aqueles que julgamos "desprezíveis".

Vídeo divertido que recomendo. É pra curtir. E pra pensar...

Tom R.



Eu agradeço pelo vídeo, Tom R.

De volta a ativa

Pois é, meus amigos.
As férias acabaram. As energias estão recarregadas e tenho o ano inteiro pela frente para realizar muita coisa.

Meu dia de aniversário, 27 de julho, foi bom demais, porque eu estava rodeado de amigos.

Agora é vida nova! Sim, porque a cada aniversário ganhamos de Deus mais um ano de vida. Temos que rever conceitos e buscar a realização de sonhos.


Tudo de bom para todos nós!